14 Junho 2023
"Sua Santidade está se recuperando bem e retornará ao Vaticano na quinta ou sexta-feira". O cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, escreve isso em um e-mail dirigido a todos os cardeais.
"Falei com o Santo Padre", continua o texto, "e assegurei-lhe a cordial proximidade de todos os cardeais".
A informação é de Francesco Antonio Grana, publicada por Fatto Quotidiano, 14-06-2023.
Bergoglio está internado na Policlínica Gemelli, em Roma, desde 7 de junho, quando foi submetido a uma cirurgia no abdômen devido ao risco de obstrução intestinal. A cirurgia durou três horas e o pós-operatório está ocorrendo regularmente. A internação do Papa, no local que João Paulo II chamou de "Vaticano 3", continua serena.
"O Santo Padre", confirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, no boletim de hoje, "descansou bem durante a noite. As verificações químicas do sangue pelas quais ele passou são regulares; ele está continuando sua fisioterapia respiratória. A manhã foi dedicada a atividades de trabalho alternadas com a leitura de textos. Antes do almoço dirigiu-se à capela do apartamento privado onde se reunia em oração e recebia a Eucaristia”. À noite, o porta-voz do Vaticano acrescentou que "a recuperação pós-operatória continua de forma regular. À tarde, o Santo Padre continuou com seus trabalhos e leituras”.
Também foi divulgada a mensagem do Papa para o VII Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado em 19-11-2023 e tem como tema Não desvie o olhar dos pobres.
Francisco recorda que “cada um deles é nosso próximo. Não importa a cor da pele, a condição social, a proveniência... Se sou pobre, posso reconhecer de verdade quem é o irmão que precisa de mim. Somos chamados a ir ao encontro de todo o pobre e de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós mesmos a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório”.
A esperança de Bergoglio é que “Não obstante os limites e por vezes as lacunas da política para ver e servir o bem comum, possa desenvolver-se a solidariedade e a subsidiariedade de muitos cidadãos que acreditam no valor do empenho voluntário de dedicação aos pobres. Isto, naturalmente sem deixar de estimular e fazer pressão para que as instituições públicas cumpram do melhor modo possível o seu dever. Mas não adianta ficar passivamente à espera de receber tudo 'do alto'. E, quem vive em condição de pobreza, seja também envolvido e apoiado num processo de mudança e responsabilização".
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